POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Mais de 700 milhões de pessoas não têm acesso à água potável.
Um total de 800 milhões de pessoas não tem acesso à água potável de forma sustentada em todo o mundo e calcula-se que outros 1,8 bilhão usem uma fonte contaminada com fezes, segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O estudo mostra que 2,5 bilhões de pessoas não têm acesso a saneamento adequado e que 1 bilhão defecam ao ar livre, nove em cada dez, em áreas rurais. Os dados constituem as principais conclusões do relatório Glass 2016, estudo feito a cada dois anos pela OMS. O texto destaca que o acesso à água potável e ao saneamento adequado tem implicações num amplo leque de aspectos, desde a redução da mortalidade infantil, passando pela saúde materna, o combate às doenças infecciosas, a redução de custos sanitários e no meio ambiente.
No entanto, apesar de alarmante, este cenário mundial já comemora avanços. O estudo mostra que, nas duas últimas décadas, 2,3 bilhões de pessoas conseguiram ter acesso às fontes de águas melhoradas. No mesmo período, o número de mortes de crianças devido às doenças diarreicas – relacionadas com o saneamento precário – caiu de 1,5 milhão em 1990 para 600 mil em 2016. Segundo dados da OMS, se o acesso à água potável melhorasse e se fossem implementados serviços de saneamento adequado, as mortes por diarreia poderiam ser reduzidas em cerca de 70%.
O estudo calcula que a cada dólar investido em serviços de água e saneamento pode-se obter um retorno de 4,3 dólares, com a redução dos custos de saúde, o aumento da produtividade no trabalho e a criação de novos empregos em indústrias relacionadas com a gestão de resíduos.