POR – AVIV COMUNICAÇÃO / NEO MONDO
Um estudo recém lançado aponta que o calor recorde do Japão no verão de 2018 não poderia ter acontecido sem a mudança climática causada pelo homem
A temperatura atingiu 41,1 ° C em julho do ano passado, um novo recorde. Mais de 1.000 pessoas morreram em decorrência das ondas de calor, segundo dados citados no novo estudo. No momento, o Japão está passando por outra onda de calor que deverá quebrar novos recordes.
Este artigo, de pesquisadores japoneses, é o primeiro a descobrir que essa onda não poderia ter acontecido sem a mudança climática. Para chegar a essa conclusão, os cientistas compararam o clima como é hoje, com cerca de 1°C de aquecimento, com o clima como teria sido sem influência humana. Eles descobriram uma probabilidade aproximada de uma em cinco de que ondas de calor aconteçam no clima atual, mas quase nenhuma chance de ocorrer em um clima sem aquecimento global.
É raro, mas não único, para um estudo desse tipo descobrir que um evento não teria acontecido sem influência humana. Geralmente, a conclusão de estudos assim é que as mudanças climáticas tornaram mais provável que um evento aconteça. Mas algumas pesquisas anteriores chegaram a conclusões igualmente fortes, por exemplo, estudos de uma onda de calor de 2016 no sul e sudeste da Ásia e uma onda de calor de 2017/18 no Mar da Tasmânia.
O verão de 2018 foi particularmente quente em todo o hemisfério norte, com registros de recordes de calor em todo o mundo, e outros estudos detectaram a influência da atividade humana em outros aspectos da onda de calor daquela temporada. Um estudo do Met Office do Reino Unido, por exemplo, descobriu que a mudança climática fez com que a onda de calor tivesse uma probabilidade 30 vezes maior de acontecer. Outro estudo relacionou a ampla abrangência geográfica do calor com as mudanças climáticas.