Peão do sertão da Bahia – Foto: Pixabay
POR – INSTITUTO DON BARRETO / NEO MONDO
Nesta terça-feira, 28 de abril, comemoramos o Dia Nacional do único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga
Este é um importante domínio morfoclimático (no Brasil, o geógrafo Aziz Ab’Saber foi o responsável por fazer essa classificação) que abrange várias áreas do país, principalmente a Nordeste e parte do Estado de Minas Gerais, região Sudeste do Brasil.
O bioma ocupa uma área de aproximadamente 900 mil quilômetros quadrados, englobando, de forma contínua, parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e norte de Minas Gerais.
Caatinga é um nome de origem Tupi-Guarani e significa “floresta branca”. O termo resulta da combinação dos elementos ca-a (floresta), tî (branco) e o sufixo ngá, (que lembra). O motivo pela nomeação é devido à aparência que a floresta revela durante a estação seca, quando a quase totalidade das plantas estão sem folhas e os troncos brancos e brilhosos.
Segundo o professor e coordenador da disciplina de Geografia do Instituto Dom Barreto, Ricardo Feitosa de Carvalho, a importância desse domínio morfoclimático se dá pela grande variedade do bioma, constituído por uma grande quantidade de espécies vegetais e também pela fauna bastante diversificada. “A caatinga, até bem pouco tempo atrás, era tida como um domínio morfoclimático problema. Hoje, é visto como uma alternativa para o desenvolvimento econômico do país, principalmente, devido às potencialidades naturais e econômicas que a região apresenta. Ou seja, pela variedade de formas vegetais, pela variedade da fauna e pelo potencial agropecuário, por exemplo, a pecuária extensiva”, comenta.
O professor cita também a importância da caatinga para a nossa formação histórico-econômica. “A análise da evolução histórica do Brasil mostra claramente que a região da caatinga foi palco de ocupação através das fazendas de gado. Atividade esta, que permanece até hoje. Então, a caatinga, ao meu ver, é hoje vista como uma região de grandes potencialidades naturais e econômicas e, portanto, precisa ser melhor reconhecida”.
Porém, o mau uso do território da Caatinga pode levar este bioma à agonia. “É preciso que haja uma política pública mais eficiente voltada, principalmente, para o aproveitamento das potencialidades dessa importante região do país que, inclusive, vem despontando na agricultura irrigada, um exemplo disso, podemos citar a fruticultura irrigada em áreas, como, por exemplo, o Vale do São Francisco”, finaliza o professor o Ricardo Feitosa.
Diante de tudo isso, é importante que saibamos respeitar e aproveitar da melhor forma nossos recursos naturais.