Foto – Divulgação
POR – REDAÇÃO NEO MONDO
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Aproximação e inclusão de produtores é a premissa para acelerar a sustentabilidade, permitindo mais produtividade e rentabilidade aos parceiros
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Marfrig Club é atualizado para dar suporte especializado aos produtores para questões socioambientais e modelos mais eficientes de gestão
- Sistema de Monitoramento mais eficiente — ao fim de 2020, 62% da cadeia de valor no bioma Amazônia já havia sido mapeada. No bioma Cerrado, o índice encerrou em 47%
A Marfrig, líder global em produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de carne bovina do mundo, apresenta hoje os avanços do programa Marfrig Verde+, lançado em julho de 2020, com o objetivo de garantir que 100% da cadeia de produção da empresa seja sustentável e livre de desmatamento até 2030. Criado em parceria com a IDH – Iniciativa para o Comércio Sustentável, o projeto está baseado nos pilares produção-conservação-inclusão. Entre os destaques dos primeiros meses de desenvolvimento, estão o mapa de mitigação de riscos de fornecedores, o uso de tecnologia de ponta, como o blockchain, e o rastreamento avançado da cadeia de valor na Amazônia e no Cerrado.
Desde que anunciou a iniciativa pioneira no último ano, a Marfrig tem atuado junto aos demais parceiros estratégicos para desenvolver as ações e ferramentas necessárias para a implementação do plano. Na frente de mecanismos financeiros, em fevereiro de 2021, a companhia celebrou contrato com o Fundo &Green, no valor de 30 milhões de dólares, que serão empregados para acelerar as frentes do Verde+, sobretudo as que envolvem conservação de áreas florestais. Para isso, foi desenvolvido um Plano de Ação, cuja evolução será compartilhada com todos os públicos.
Outro pilar importante do programa é a Rede de Assistência Técnica ao produtor, com o objetivo de auxiliar produtores rurais nas questões socioambientais, bem como na implementação de um modelo de gestão mais eficiente, trazendo mais rentabilidade e lucratividade. Dessa forma, foi desenvolvido um novo protocolo de acompanhamento do Marfrig Club, presente em todas as 12 unidades da companhia no Brasil, em que os parceiros têm suporte especializado e com as ferramentas necessárias para melhorar o seu negócio.
Ainda nesse pilar, a Marfrig apoia o Programa Sustentável de Bezerros, no Vale do Juruena, no Mato Grosso, junto a 157 produtores da região. A iniciativa, que envolve a criação dos animais desde a origem, é um laboratório importante para que as ações do plano Verde+ sejam testadas. O principal aspecto do sistema está na capacidade de escala, e a entrada da companhia visa ampliar essa atuação, fazendo com que chegue a outras regiões do estado no futuro. O programa possui liderança e coordenação da IDH – Iniciativa para o Comércio e, desde o início em 2018, contou com o apoio e patrocínio da Fundação Carrefour e da Fazenda São Marcelo.
No Sistema de Monitoramento de Fornecedores Indiretos, terceiro pilar estratégico do Plano Verde+, os avanços ficaram por conta do mapeamento de risco e a implementação do blockchain. O Mapa de Risco de Mitigação de Fornecedores, desenvolvido em colaboração com a Agroícone, empresa especializada em inteligência territorial, cruza os dados georreferenciados e documentos das fazendas com informações públicas oficiais para identificar potenciais não conformidades. A área monitorada equivale a 30 milhões de hectares, um território maior que o estado de São Paulo ou o Reino Unido.
Já a tecnologia blockchain foi a escolhida para dar mais visibilidade e segurança ao sistema como um todo. Dessa forma, a Marfrig estabeleceu parceria para uso da Plataforma Conecta, baseada em tecnologia blockchain e desenvolvida pela Safe Trace, CPQD, com apoio das ONGs TNC e Amigos da Terra, que vai armazenar todas as informações de rastreabilidade ao longo da cadeia de abastecimento. O projeto já está em fase de testes e em breve os parceiros serão convidados a iniciar o uso da ferramenta.
Com isso, a Marfrig fechou o ano de 2020 com 62% de sua cadeia de valor no bioma Amazônia mapeada — a meta é ter 100% rastreado até 2025. O sistema de geomonitoramento também está sendo atualizado para abranger o bioma Cerrado, que teve 47% da cadeia monitorada em 2020, sendo que o prazo para essa região termina em 2030.
“Ter visibilidade sobre a nossa cadeia de valor vai nos dar as ferramentas necessárias para direcionar as próximas ações dentro do Plano Marfrig Verde+”, afirma Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade e Comunicação da Marfrig. “Os produtores são o elo principal da nossa cadeia. A partir da análise combinada do nosso mapeamento e o contato direto com a nossa rede, seremos capazes de auxiliar estes parceiros a buscar tecnologia e capital para que atinjam melhores níveis ambientais, de eficiência e rentabilidade. Não tenho dúvidas de que, juntos, vamos chegar à meta de uma cadeia 100% livre de desmatamento em 2030, com muito mais lucratividade para todos”, completa.