POR – AMBIENTE ENERGIA / NEO MONDO
A maior empresa de energia elétrica da Europa, Enel, adotou uma posição contra a indústria de criptomoedas, afirmando que não tem interesse em vender energia para empresas de mineração
A empresa italiana disse que chegou à decisão após um estudo cuidadoso e análise.
Em todo o mundo se vê uma crescente demanda de energia por mineradores de criptomoedas, como o bitcoin, que precisam de grandes quantidades de energia para alimentar computadores que resolvem operações matemáticas complexas, e ganham moedas virtuais como recompensa.
“A Enel empreendeu um caminho claro para a descarbonização e o desenvolvimento sustentável e vê o uso intensivo de energia dedicada à mineração de criptografia como uma prática insustentável que não se encaixa no modelo de negócios que está buscando”, afirmou a empresa.
Em um relatório recente, Morgan Stanley disse que a demanda de energia global da mineração em criptografia era de cerca de 22 horas de teravatia (TWh), mas essa demanda crescente significava que o consumo poderia aumentar em 2018 para 125-140 TWh – ou cerca de 0,6 por cento do consumo mundial.
A maioria da mineração bitcoin é realizada na China, onde os custos de energia são comparativamente mais baratos.
A Enel, controlada pelo Estado, que possui uma participação maioritária na empresa espanhola Endesa, é um dos principais players de energia renovável da Europa e está se concentrando em energia verde para ajudar a compensar a crise na geração de energia tradicional.
Reguladores em todo o mundo estão expressando crescente preocupação com as criptografia devido à sua volatilidade e riscos.