POR – ELENI LOPES DIRETORA DE REDAÇÃO DE NEO MONDO
Pesquisa aponta o que é “a boa vida” na visão dos consumidores norte-americanos
Levantamento realizado pelas consultorias norte-americanas Harry Polls e Sustainable Brands mostra uma tendência de mudança de padrão de consumo nos Estados Unidos. A pesquisa online, que buscou definir “a boa vida”, ouviu mais de 1000 consumidores norte-americanos maiores de 18 anos e aponta crescente tendência de busca por um dia-a-dia mais simples e conectado com a comunidade e o meio ambiente.
No estudo da Harry Polls e Sustainable Brands, a “boa vida” é baseada na intersecção de 4 conceitos: simplicidade equilibrada; conexôes significativas; independência financeira e metas pessoais.
Os dados indicam que a versão atual de “uma boa vida” para os norte-americanos pode ser definida por menos foco em dinheiro e status e maior busca por conexões pessoais. NEO MONDO destaca aqui os principais dados da pesquisa, cuja apresentação, em inglês, pode ser acessada no link: http://www.sustainablebrands.com/digital_learning/slideshow/ict_big_data/good_life_through_lens_consumer_preferences_global_sustainab
- Mais de 7 em 10 adultos norte-americanos (71%) diz que a “boa vida” é diferente do que era para seus pais. E mais de 3 em 4 (76%) concordam que para alcançá-la é necessário fazer a diferença ao próximo no mundo.
- 2 entre 3 americanos (66%) dizem que “viver uma vida saudável e equilibrada” é muito importante para sua visão de uma “boa vida”.
- Para os entrevistados, o peso das quarto dimensões usadas para definir uma “ boa vida” (simplicidade equilibrada; conexôes significativas; independência financeira; metas pessoais), é o seguinte :
– Simplicidade Equilibrada: 36%
– Conexôes Significativas: 28%
– Independência Financeira: 26%
– Metas Pessoais: 10%
Para os autores da pesquisa, os consumidores ouvidos mostram que existem mais semelhanças do que diferenças entre esperanças e sonhos e o que une a maioria é o otimismo em conquistar uma “boa vida”.
- O peso relativo da importância do conceito de Simplicidade Equilibrada varia de acordo com os grupos demográficos, conforme abaixo:
– Homens (37%) X Mulheres (35%)
– Millennials (34%) X Geração X (35%) X Baby Boomers (38%)
– Republicanos (34%) X Democratas (38%)
- Mais da metade dos norte-americanos (52%) acredita que é possível conquistar a “ boa vida”, enquanto 1 em 4 (25%) afirma já tê-la alcançado.
Outro dado apontado mostra que a maioria dos entrevistados ainda acredita que dinheiro é essencial, mas cresce o número de pessoas que afirma que ele não mais representa o mais importante aspecto em suas vidas.
- Para 62%, a renda é o maior obstáculo para viver uma boa vida.
- Quase metade dos adultos norte-americanos (48%) dizem que saberão que alcançaram uma boa vida quando puderem comprar tudo o que desejarem; no entanto, mais de 3 entre 4 adultos (78%) concordam que dinheiro não compra felicidade.
O papel das marcas e corporações também foi medido pela Harry Polls e Sustainable Brands:
- Mais da metade dos norte-americanos (57%) acredita que as companhias se importam com o bem-estar dos consumidores.
- A maioria dos entrevistados (65%) acredita que os produtos e serviços disponíveis atualmente não os ajudam a viver a “boa vida”.
- Para os americanos ouvidos, as indústrias devem aprimorar as conexões significativas com os seus consumidores.
- As indústrias de alimentos, tecnologia e eletrodomésticos são vistas como as que melhor contribuem para a Simplicidade Equilibrada ao entregar produtos e serviços que simplificam suas vidas.
- Para os entrevistados, as empresas que mais contribuem para a “boa vida” são: Apple, Amazon, Google, P&G, Microsoft, Panera Bread, Trader Joe’s, Starbucks, Target, Tesla. Os consumidores também acreditam que estão desperdiçando oportunidades de influenciar e ajudar as marcas para entregarem melhores produtos.
- 4 entre 5 americanos (80%) afirmam ser leais às marcas que os ajudam a alcançar “a boa vida”.
- Mais de 1 entre 4 entrevistados (28%) dizem ter comprado um produto porque representava sua visão de uma “ boa vida”.
- Os entrevistados, no entanto, têm opiniões divididas em como as marcas podem apoiar seus ideais de “boa vida”. Para eles, o conceito abrange os seguintes aspectos:
– benefícios financeiros (18%),
– saúde & bem estar (12%),
– ajudando conexões pessoais (11%),
– produtos de qualidade (10%),
– foco no consumidor(8%),
– promovendo conveniência (7%),
– ajudando a melhorar o mundo (7%),
– auxiliando o planeta (6%),
– bons propósitos (5%),
– foco nos funcionários (2%),
– fabricação responsável (2%).