POR – RAMILLA RODRIGUES / NEO MONDO
Publicação identifica presenças de cavernas por bioma, região hidrográfica, UFs e muitos outros
O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV) lançou a primeira edição do Anuário Estatístico do Patrimônio Espeleológico Brasileiro. O estudo traz dados estatísticos de 18.358 cavernas brasileiras constantes no Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (CANIE) com os temas: bacias hidrográficas, biomas, solos, geologia, unidades de conservação, rodovias, ferrovias, assentamentos rurais, mineração, petróleo, Usina Hidrelétrica (UHE), Pequena Central Hidrelétrica (PCHe) e Linhas de Transmissão. O material pode ser acessado aqui.
“Por ser uma análise estatística, o Anuário nos ajuda na leitura dos dados, a visualizá-los melhor, nos dando uma visão ampla de como está distribuído o patrimônio espeleológico brasileiro frente a diversas tipologias de empreendimentos e áreas protegidas”, avalia o coordenador do CECAV, Jocy Cruz. Cada tema utilizado provém de distintas bases de dados do Governo Federal por órgãos e agências regularizadoras como a Agência Nacional de Águas (ANA), Ibama, Embrapa, Serviço Geológico do Brasil (CPRM), dentre outros.
Segundo o Anuário, é na bacia hidrográfica do São Francisco que se encontram a maior parte das cavernas brasileiras (6995), seguida pela Tocantins (4531). Na classificação por biomas, o Cerrado concentra 50% das cavernas, muito à frente da Mata Atlântica (19,3) e Amazônia (15,8), que ocupam respectivamente o segundo e o terceiro lugar.
Já na classificação por estado, Minas Gerais dispara em 1º lugar (7622), com Pará (2630) e Bahia (1367) ocupando a segunda e a terceira colocação. O único estado que, por enquanto, não apresenta nenhum cadastro de cavernas é o do Acre.
O leitor ainda pode conferir a classe dominante de solos das cavidades, rochas e distribuição em cada Unidade de Conservação.