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POR – IN PRESS PORTER NOVELLI / NEO MONDO
Para apoiar as contínuas ações de enfrentamento à pandemia de COVID-19 e suas consequências no Brasil, a Open Society Foundations anuncia o investimento total de 5 milhões de dólares (aproximadamente R$ 26,5 milhões) em cinco frentes de atuação, oferecendo apoio financeiro a 24 instituições da sociedade civil e dois governos no país. Do total dos recursos, dois milhões de dólares (aproximadamente R$ 10,6 milhões), se destinarão a projetos no Maranhão e no Pará, reforçando o compromisso da Open Society Foundations com a população amazônica. A contribuição ao Brasil faz parte de esforço da organização na América Latina e no mundo para ações emergenciais de combate à doença.
Na Região Amazônica, o apoio será para a compra de insumos médicos e equipamentos hospitalares e para programas de mitigação à fome e geração de renda voltados para as populações mais vulneráveis nos dois estados, que registram grande incidência de casos de COVID-19 e baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – indicador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que avalia níveis de renda, educação e longevidade.
“As doações fazem parte de um esforço amplo e contínuo nosso para responder ao impacto sanitário, econômico e social da COVID-19 no Brasil. Afetados pela gravidade e pelo tamanho da crise gerada pela pandemia, vimos a necessidade de apoiar instituições e também diretamente o poder público para que possam enfrentar a crise olhando para os mais vulneráveis, nos mantendo fiéis a nossos valores e objetivos. A batalha para conter a pandemia continua forte, e os reflexos econômicos e sociais serão sentidos por um longo período”, afirma o diretor para América Latina e Caribe da Open Society Foundations, Pedro Abramovay.
As consequências econômicas geradas pela pandemia são mais profundas para a população vulnerável. No Maranhão, os recursos já doados para a Secretaria de Estado de Saúde se destinam à compra de 30 mil cestas básicas com produtos adquiridos de agricultores familiares de 75 municípios da região. E também para aquisição de medicamentos de cinco diferentes tipos; de 3.965 equipamentos médicos, tais como oxímetros, nebulizadores, máscaras de oxigênio, eletrocardiógrafos e desfibriladores; e de 550 itens de mobiliário hospitalar; e à produção e distribuição para população de 500 mil máscaras artesanais de proteção, confeccionadas por costureiras e costureiros da região. O investimento na compra de medicamentos e insumos hospitalares possibilitará a manutenção do atendimento à população na linha de frente da resposta emergencial à COVID-19.
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No Pará, próximo estado a receber doação da Open Society Foundations, os recursos serão divididos em três linhas de ação, através da Fundação Parápaz, do Governo do Estado do Pará. Uma delas é o fornecimento de cestas básicas a famílias indígenas, quilombolas e pessoas em situação de vulnerabilidade atendidas em programas da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania do Estado do Pará.
A segunda frente promove iniciativas para geração de renda, com capacitação voltada para atividades de baixo impacto ambiental. Serão implementados nos próximos meses projetos de treinamento de mão de obra para setores da economia criativa, como moda, gastronomia e beleza; além de mecânica. A criação de uma comunidade produtiva local, onde haverá construção de moradias e o estímulo ao empreendedorismo, permitirá receber e acolher pessoas que vivem em situação de rua ou em habitações precárias.
“Nossa atuação tem a missão de apoiar aqueles que estão mais às margens da sociedade. Com esse investimento, podemos fazer grande diferença no cuidado à população vulnerável, especialmente da Região Amazônica”, completa Pedro Abramovay.
Além de apoio aos dois governos para o combate às consequências da pandemia, a Open Society Foundations está atuando junto a 24 instituições da sociedade civil do Brasil no desenvolvimento econômico, com ações voltadas para trabalhadores informais; no fortalecimento de redes de solidariedade em favelas e de organizações do movimento negro; na proteção a defensores de direitos humanos e no combate à desinformação e proteção à democracia.
“A pandemia trouxe desafios mais sérios para aqueles que defendem a democracia e os direitos humanos. Nesse momento, fizemos questão de reforçar nosso compromisso de apoio a organizações que, incansavelmente, trabalham para proteger esses valores. A profundidade desta crise nos obriga a repensar nossa sociedade. Queremos fortalecer organizações que estão trabalhando para que a reorganização da sociedade seja em torno da democracia, dos direitos humanos e da economia limpa”, finaliza Pedro Abramovay.