POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Documentário estreia mundialmente na Netflix e nas principais plataformas digitais no dia 12 de novembro
Hoje aconteceu a coletiva de imprensa de “O Começo da Vida 2: Lá Fora”, documentário idealizado e produzido pela Maria Farinha Filmes e dirigido por Renata Terra. O evento, que reuniu parceiros, idealizadores e realizadores do longa, apresentou mais informações sobre a continuação da franquia de “O Começo da Vida”, lançado globalmente em 2016. Estela Renner, co-fundadora da Maria Farinha Filmes e produtora do longa, comentou sobre este novo capítulo – que mostra, por meio da fala de especialistas e pensadores das áreas de meio ambiente e infância como a Dra. Jane Goodall e o escritor Richard Louv, os benefícios do contato com a natureza no desenvolvimento das crianças: “O Começo da Vida (2016) traduz um conceito muito importante de que ‘a criança se desenvolve a partir da sua genética e a partir das suas interações com o meio’. Quando nos deparamos com essa frase, dita por todos os especialistas em todas as pesquisas, a função de O Começo da Vida foi a de traduzir essa informação tão importante e tão séria sobre o que é essa interação, de quem são esses atores. O ‘meio’ somos nós, é a natureza, são as histórias que são contadas para a gente. Então, o bebê se desenvolve a partir da sua relação consigo mesmo, com o brincar, com o outro, com os espelhos de si mesmo – e não havia espaço para tudo isso no primeiro filme, por isso a franquia. O Começo da Vida 2: Lá Fora se aprofunda numa questão muito importante, vital para nosso futuro, que é a relação com a natureza – que no fundo é a relação consigo mesmo, porque nós somos a natureza. Enquanto não nos enxergarmos parte do meio ambiente e sim como dominadores da natureza, eu acho que nosso futuro não será muito salubre”, diz Estela Renner.
A diretora Renata Terra (Piripkura, pré-indicado ao Oscar 2019 como melhor documentário), revelou como o trabalho neste longa trouxe memórias afetivas: “Eu tive um contato muito próximo com a natureza na infância, mediado pelo meu avô. Então, a cada momento de pesquisa do filme eu ia resgatando pequenas memórias dessa infância. Ao longo da minha carreira, trabalhei muito com questões ambientais de forma central e isso também foi me formando, mas quando me deparo com um filme sobre meio ambiente e infância, isso resgatou algo que eu acho que formou minha sensibilidade de alguma maneira. Dirigir O Começo da Vida 2: Lá Fora me trouxe muita bagagem, e entender que unir informação com sensibilidade, emoção, é uma forma muito poderosa de contribuir para uma transformação. Recuperou algo em mim que estava guardado e que vou continuar carregando de agora em diante”.
Os patrocinadores do filme, representados no webinar por Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário e Laís Fleury, coordenadora do programa Criança e Natureza do Instituto Alana, ressaltaram o impacto do documentário como ferramenta de reflexão ao futuro que desejamos ter: “O Instituto Alana acredita muito na importância do audiovisual, de engajamento, de sensibilização, de gerar reflexão na sociedade. A gente também acredita que o cinema é uma ferramenta muito importante de transformação, porque de fato ele toca as pessoas. Então, para nós do Instituto é uma grande honra poder apoiar esse filme que está muito alinhado com o que acreditamos e com as nossas diretrizes de honrar a infância e colaborar com uma infância rica em natureza, boa e saudável para todas as crianças”, diz Laís Fleury.
Foto – Divulgação
“Quando o instituto Alana nos apresentou a ideia e nos convidou para participar deste projeto, a gente acreditou nele desde o início. Enxergamos essa importância de aproximarmos as crianças do meio ambiente, dessa temática que, como a Laís já falou, é tão essencial para o desenvolvimento integral das crianças e também dos adultos, para provocar essa reflexão sobre as oportunidades que a natureza traz para a nossa vida. Eu acredito que o impacto que a gente quer provocar nas pessoas vai ser atingido com esse filme, que é essa reflexão e aproximação da natureza”, comenta Malu Nunes.
O evento foi encerrado com uma reflexão de Estela Renner sobre a importância e a necessidade humana de contato com a natureza e como essa conexão pode unir diversos sentimentos como amor, carinho e abrir portas para um novo universo: “Um dos grandes desafios que a gente vive hoje, ainda mais na pandemia, é o desafio da solidão. As crianças, os adolescentes, estão muito sozinhos e eles encontram na tela uma companhia que pode ajudar muito, pode fazer sentido, mas pode ser uma companhia vazia e que só agrava mais esse sentimento de não pertencimento. Criarmos vínculos através de afeto, de cuidado, através do cultivo de uma planta – você e seu filho plantarem juntos uma sementinha – é impressionante. Cada galho verde você nota, você torce, porque está muito mais dentro de nós do que imaginamos, essa vontade de verde, de conexão. E é através do vínculo que encontramos nossos sentidos, nossa plenitude. Então, parece ser muito pequeno plantar alguma coisa em casa, mas pode ter um mundo ali dentro”. Encerra Estela Renner.
Com lançamento mundial na Netflix e nas principais plataformas digitais no dia 12 de novembro, “O Começo da Vida 2: Lá Fora” chega a 190 países com distribuição da Flow, uma spin-off da produtora Maria Farinha Filmes especializada em lançar filmes com movimentos, conectando narrativas urgentes e inspiradoras ao grande público. Mantendo o compromisso de democratização do acesso da produtora e da distribuidora, também será possível assistir ao filme organizando uma exibição pública pelo VIDEOCAMP com recursos de legendas, legendas descritivas – closed caption, audiodescrição e linguagem de sinais em português, inglês, espanhol.
O projeto tem patrocínio do Instituto Alana e da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, e apoio Institucional do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Bernard van Leer, Programa Criança e Natureza, Children & Nature Network – C&NN, FEMSA Foundation e United Way.
O lançamento conta ainda com uma Rede de Impacto formada por mais de 100 instituições e indivíduos conectados com o tema, que levarão a mensagem do filme para públicos diversos.
Foto – Divulgação